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20.05.2021   |   #Educação #Tecnologia

Qual a melhor metodologia ativa para aplicar no ensino superior?

Saiba qual a metodologia ativa que mais se adapta ao contexto que vivemos hoje contribuindo para a formação integral dos alunos.

Daniela Paiva

Coordenadora de pós-graduação da UniAmérica

Na última década, o debate sobre metodologias de ensino se intensificou no campo da educação. A discussão sobre: “para que formar?” e “como formar” em um contexto de grande transformação paradigmática - consolidação das tecnologias digitais de informação e comunicação (TDICs); alteração nas relações de trabalho; transformação nas relações sociais, mudança na percepção de tempo e espaço - trouxe a temática para o centro do debate.

Mas afinal, qual a resposta para essas perguntas? Ainda não há uma definição clara, na maioria das vezes são especulações baseadas em projeções de acordo com o cenário atual. Mas, se considerarmos a velocidade em que as transformações paradigmáticas estão acontecendo - conhecimento, habilidades e ferramentas, tornam-se obsoletos na mesma rapidez em que são produzidos - é muito difícil prever.

Então, é possível afirmar que a saída é formar o indivíduo para lidar com a imprevisibilidade em um momento de intensa transformação. É por isso que a Aprendizagem Baseada em Projetos (ABP) tem ganhado destaque como uma metodologia que promove a aprendizagem efetiva e significativa para esse contexto em que vivemos.

E o motivo desse destaque é perceptível nos pilares da Aprendizagem Baseada em Projetos:

1. Atualização: Os aprendentes trabalham com questões/problemas do mundo real, ou seja, o contemporâneo é sua essência e atravessará todo o processo de aprendizagem. Mas o que significa trabalhar com questões do mundo real? A primeira etapa para implementação da Aprendizagem Baseada em Projetos é a “âncora” ou “identificação da problemática”, algum fato, acontecimento, fenômeno que revela desafios do mundo real e possa envolver os aprendentes.

Não há um modelo de como deverá ser a “âncora”, apenas que expresse um problema vivenciado por alguém em alguma parte do planeta (quem sabe até fora dele), pode ser da comunidade, região, país e até mesmo, os dilemas contemporâneos enfrentados por todo o globo. Assim, o uso de reportagens, relatos, visitas técnicas e outras formas de integração entre sociedade de espaços educativos, são sempre bem-vindos!

2. Aprender a Aprender: Como o mundo real é sempre imprevisível, não há como selecionar tudo que é necessário para elaboração do projeto. Cada projeto é único, guiado pelas especificidades do problema e as tomadas de decisões do aprendente diante das situações. Assim, o aprendente precisará saber estudar, adquirir novas estratégias e ter autonomia, ou seja, aprender a aprender.

Assim, na ABP saber aprender torna-se um dos pilares, não é mais o docente que determina o que o será aprendido e sim o mundo real. Para que isso ocorra é necessário aquisição de novos conhecimentos e habilidades constantemente, demandado pelo problema.

3. Trabalho Colaborativo: A aprendizagem Baseada em Projeto pressupõe que todas as etapas serão realizadas coletivamente, obviamente, que isso não significa que não dispensa momentos focados de reflexão, estudo e tarefas individuais. No entanto, o planejamento, a investigação, a reflexão e as tomadas de decisões precisam da coletividade. Assim, o aprendente muito mais do que identificar problemas e solucioná-los, aprende a fazer isso coletivamente, sendo um reflexo do mundo real, onde o trabalho, as decisões importantes e até mesmo a sua vida particular, são compartilhados!

Gostou? É difícil dizer que é a melhor, já que tem várias metodologias ativas interessantes por aí, mas com certeza está entre as melhores, não acha?

Para entender o passo a passo para a aplicar essa metodologia, aqui a gente te mostra certinho.

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