Ei, empreendedor! Você conhece o mito grego de Sísifo?

Trata-se da história de um cara que recebeu a árdua tarefa de empurrar uma pedra montanha acima até chegar a seu final. O problema é que quando estava quase lá, a pedra rolou montanha abaixo, invalidando todo o esforço feito por ele.

“-Mas, qual a relação entre um mito grego e o empreendedorismo?”.

Se você acompanha os textos por aqui, sabe que o ato de empreender mudou e vem mudando dia a dia. Nada mais é parado nessa área!

Muitos empreendedores podem acabar vivendo o mito de Sísifo ao trabalharem em uma ideia por um longo período antes de lançá-la ao mercado, sem ao menos validar se, de fato, é algo que encontraria consonância nele.

Isso faz com que se gaste tempo, energia e recursos, tudo devidamente documentado em um extenso plano de negócios, sendo assim, você empurra uma pedra enorme montanha a cima e ao chegar próximo do topo, ela rola montanha a baixo, invalidando todo seu esforço.

Uma forma de evitar todo esse desperdício é aplicar a metodologia Lean Startup!

A palavra lean, pode ser traduzida como enxuta, logo, Lean Startup em tradução livre, significa Startup enxuta, e consiste em um trabalho que visa identificar e eliminar os desperdícios nos processos.

Importante dizer que atualmente, após Eric Ries ressignificar o conceito e atrelar a ele ideias de marketing, tecnologia e gestão, a metodologia tornou-se mais universal, podendo ser aplicada em empresas de portes e ramos diversos.

A metodologia consiste em três pilares. São eles:

• Canva: Ferramenta que consiste em um diagrama no qual o empreendedor pode de forma visual e muito ágil, fazer o modelo do seu negócio. Seu objetivo é evitar que percamos tempo preenchendo um plano de negócios completo, quando o que há, mesmo após muita pesquisa, ainda são hipóteses de um determinado produto.
• Desenvolvimento com cliente: Trata-se de testar sua hipótese juntamente com potenciais usuários, compradores e parceiros para coletar todas informações envolvendo o modelo de negócios, como por exemplo, design de produto, preço, canais de distribuição e outros. Mas, para conseguir aplicar este pilar, é necessário um MVP, o que nos leva ao terceiro pilar do método.
• Desenvolvimento ágil: Este pilar, como já deve ter ficado evidente, anda de mãos dadas com o desenvolvimento com o cliente. Aqui, nenhum recurso é desaproveitado, pois, o produto é desenvolvido passo a passo de acordo com os feedbacks coletados. Em suma, tudo acontece em torno da interação com o cliente, por meio de testes de validação e melhorias durante o processo antes de lançar definitivamente o produto no mercado.

Para que estes pilares funcionem de fato, é necessário elaborar um MVP (minimum viable product) ou, produto mínimo viável, uma versão beta, desenvolvida de forma ágil e econômica que possibilita o contato com seu público-alvo e coletar feedbacks. Tornando-se assim, uma excelente ferramenta para obter informações sobre o mercado que pretende entrar e validar algumas das ideias iniciais.

A metodologia Lean Startup pode ser um grande diferencial para você que deseja se lançar ao mercado de forma rápida e precisa, mas para que funcione é importante:

• levantar hipóteses para que sejam validadas;
• entender o mercado que se pretende entrar;
• definir indicadores e métricas que possibilitem avaliações acertadas;
• modelar um MVP que consiga equilibrar funcionalidade e tempo hábil de desenvolvimento;
• não ter medo de errar ao longo deste processo e jamais desistir.

Pois, diferente de Sísifo, ao aplicarmos tal metodologia, chegaremos ao topo de nossa montanha já de olho na próxima a ser vencida!

Por: Jorge Luis, coordenador do Espaço Supernova da UniAmérica