EAD: mais próximos ou mais distantes?
Assessoria Descomplica UniAmérica
Era uma vez um professor de Taquigrafia que se desafiou em montar sua turma de alunos para muito além dos limites geográficos do município que ele residia. Para começar a chamar a atenção dos futuros estudantes, esse ousado professor, chamado Caleb Phillips, resolveu publicar um anúncio no jornal oferecendo um resumo das técnicas que seriam aplicadas para que os interessados pudessem aumentar a velocidade da escrita à mão (sistema típico da Taquigrafia). Mal sabia o nosso amigo taquígrafo, que ele viria se tornar um dos primeiros (senão o primeiro) produtores de conteúdo em EAD.
Sim, caro leitor: os registros mais antigos de uma experiência EAD dizem respeito a um curso de correspondência em 1728, coordenado pelo estimado Caleb Phillips, na cidade de Boston, nos Estados Unidos.
O resgate desse tipo de informação desconstrói o que muitos de nós tínhamos por verdade: que o Ensino a Distância teve início apenas ha alguns anos. Da formação do grupo de alunos de Caleb Phillips até a aceleração tecnológica provocada pela pandemia no século XXI, alguns pontos seguem inalterados. Um deles é a separação física e temporal entre o professor e seus alunos, que caracteriza o EAD. Outro diz respeito ao potencial de alcance da formação para pessoas que estão longe das universidades. Contudo, quando o assunto transita pelas metodologias de Ensino EAD, aí a coisa muda de figura, pois as diferentes abordagens passam a gerar uma gama variada de resultados.
Enquanto muitas instituições ainda insistem no modelo arcaico do professor como detentor do conhecimento, deixando evidente a ausência de um modelo pedagógico sólido, outros aproveitam a tecnologia para a promoção de mudanças sociais, tornando os espaços de aula dinâmicos e produtivos. “As metodologias inovadoras aplicadas à realidade do EAD só fortalecem ainda mais o conceito de que não somos mais receptores passivos mas, sim, gestores da nossa própria aprendizagem. É um outro modelo mental de educação”; comenta o educador e Reitor da UniAmérica, Ryon Braga.
Mais do que a possibilidade de diminuir as distâncias (objetivo principal do nosso amigo Phillips, há 300 anos) o EAD trouxe consigo a preocupação dos educadores em repensar a verdadeira natureza do que é ensinar e educar.