Estudantes de História realizam visita técnica no Marco das Três Fronteiras
Estudantes de História da Uniamérica realizam visita técnica no Marco das Três Fronteiras, com objetivo de conhecer na prática os elementos históricos que foram a identidade cultural de Foz do Iguaçu.
Assessoria Descomplica UniAmérica
No dia 9 de junho, o curso de História da Uniamérica realizou uma aula externa no Marco das Três Fronteiras, com o objetivo de discutir sobre os elementos históricos presentes no local, como um ponto turístico da cidade.
Durante a visita técnica os estudantes assistiram um espetáculo de dança, que envolveu diferentes estilos musicais dos três países fronteiriços. Em uma varanda com vista para o encontro do Rio Iguaçu com o Rio Paraná, os visitantes realizaram uma roda de conversa sobre os elementos históricos que permeiam o erguimento do centenário obelisco.
De acordo com o Professor Pedro Louvain de Campos Oliveira, a atividade tem como objetivo proporcionar aos acadêmicos a vivencia na prática dos pontos históricos que formam a identidade cultural de Foz do Iguaçu. “O conjunto formado pelos marcos dos três países foi debatido enquanto patrimônio histórico e vetor da construção de uma identidade cultural comum, não poderia ficar fora da formação profissional dos historiadores”, comenta ele. Novas atividades estão sendo programadas para o curso, tais como uma visita para o Ecomuseu de Itaipu.
Segundo o Professor Pedro Louvian, tais bens culturais e hoje pontos turísticos poderiam futuramente ser considerados como Patrimônio Cultural do Mercosul (PCM), de acordo com os critérios estabelecidos pela Decisão nº 55/12 do Conselho do Mercado Comum.Breve Histórico do Marco das Três Fronteiras Na virada do século XIX para o XX, havia ainda um litígio territorial entre Argentina e Brasil por 25 km de fronteira seca, entre os estados de Santa Catarina e Misiones. Após intensas negociações, o problema foi resolvido com celebração de um tratado, intermediado pelo presidente Cleveland dos EUA, resultando na criação de uma comissão binacional de demarcação fronteiriça. Após a construção de cerca de 300 obeliscos, com a equidistância média de 80 metros e de forma que fossem intervisíveis entre si, delimitando assim os limites internacionais, decidiu-se construir dois últimos obeliscos, nas margens da foz do Rio Iguaçu, em 1903, para celebrar a resolução pacífica do litígio. O marco paraguaio surgiu mais tarde, na década de 60, constituindo o conjunto do Marco das Três Fronteiras.