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20.08.2019   |   #Notícias

Prevalência de Diarreia Infantil com Enfoque em Terapia Nutricional

A diarréia é um assunto pouco difundido e comentado pela população, entretanto de grande relevância para a mesma, uma vez que afeta profundamente a saúde de crianças.

Assessoria Descomplica UniAmérica

A diarreia é um assunto pouco difundido e comentado pela população, entretanto de grande relevância para a mesma, uma vez que afeta profundamente a saúde de crianças. Caracterizada pela alteração do ritmo intestinal, aumenta o número de evacuações, com a presença de fezes líquidas e fétidas. As viroses são as causas mais frequentes da diarreia, que aumentam consideravelmente no verão, entretanto pode ser decorrente também de intoxicação alimentar ou causada pela má qualidade da água, saneamento inadequado e falta de higiene, sendo a última delas, a mais preocupante.

Um quadro de diarreia pode levar a óbito por desidratação e provocar morbidade por desnutrição, sendo uma das principais causas de mortalidade nos países em desenvolvimento, especialmente em crianças menores de seis meses. No Brasil, o número de mortes de crianças menores de um ano de idade caiu 93,9% em 25 anos (de 1980 a 2005). Com essa redução, a diarreia deixou de ser a segunda causa de mortalidade infantil no país para ocupar a quarta posição, de um ranking de seis principais etiologias.

Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), a disseminação do uso da terapia de reidratação oral (soro rico em sódio, potássio e açúcar), a maior frequência e duração do aleitamento materno, bem como melhor nutrição, melhores condições higiênico-sanitárias e aumento da cobertura vacinal para sarampo reduziram o perfil de morbimortalidade por diarreia nas últimas décadas, principalmente nos países em desenvolvimento.

Os pediatras não recomendam que a diarreia seja interrompida imediatamente, uma vez que é através dela que o agente causador é eliminado. Dessa forma, o objetivo principal do tratamento é prevenir a desidratação e tratar os sintomas, sendo indicado consumir o máximo possível de bebidas naturais e o soro de reidratação oral, líquidos como sucos industrializados, refrigerantes e isotônicos não são recomendados, especialmente para crianças. Já a água de coco pode ser utilizada como tratamento coadjuvante, mas não deve substituir o soro de reidratação oral, pois não atinge as proporções necessárias de minerais para reposição das perdas.

O Soro de Reidratação Oral pode ser comprado em farmácias ou retirado nas unidades básicas de saúde, no entanto esses sais de reidratação estão em falta em nossa cidade devido à epidemia de dengue que houve recentemente. Por outro lado, a utilização de soro caseiro não é mais recomendada, pois quando não respeitada a concentração de sal e açúcar indicados, o soro pode trazer prejuízos ao invés dos benefícios esperados.

Dessa forma, a nutrição baseia-se em oferecer suporte calórico, em maior proporção que o habitual, utilizando alimentos de fácil digestibilidade e absorção, aumentando o fracionamento das refeições para compensar as perdas. Deve-se preferir alimentos leves como maçã, torrada, arroz, frango e cenoura cozida, evitando alimentos ricos em fibras que estimulam o intestino ou de difícil digestão, tais como chocolate, leite, molhos, frituras e outros. A OMS recomenda ainda a suplementação de zinco para todas as crianças, uma vez que a perda desse mineral é alta durante os episódios diarreicos.

Trabalho desenvolvido pela Acadêmica do Curso de Nutrição Taís C. de Oliveira Silveira com orientação da Professora Lucineia Schons

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