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20.08.2019   |   #Notícias

Psicologia realiza primeiro simpósio para Conscientização de Epilespia

Simpósio debate necessidade de conhecimento e programas sobre epilepsia na região. Doutores debatem sobre o panorama atual do atendimento à epilepsia.

Assessoria Descomplica UniAmérica

Nesta sexta-feira (24/03), acadêmicas do curso de Psicologia da Uniamérica realizaram o I Simpósio de Conscientização da Epilespia, atraindo público superior a 260 pessoas, de várias instituições como UPAP, UPE, UNINTER e UNILA. O evento é a extensão de um Projeto Integrador das alunas que foi apresentado no semestre passado, tendo como objetivo neste ano, fornecer ao público da tríplice fronteira, discussões acerca do que é a epilepsia, como diagnosticá-la, quais os tratamentos adequados, desmistificar alguns mitos sobre a doença, além de trazer novidades na área da Epileptologia e discutir as implicações biopsicossociais para o portador.

Com a participação de profissionais renomados na área da Neurologia, Neurocirurgia, Neuropsicologia e Psicologia dos centros universitários de maior referência no Brasil como: UNICAMP, UNIFESP, UFPR-HC, UFSC e profissionais regionais. Durante o simpósio os convidados prestigiaram palestras de alto nível, uma organização de qualidade, de maneira que o Projeto Integrador se tornou uma referência para à criação de um Programa de Psicoeducação em Epilepsia em Foz do Iguaçu.

A psicóloga e neuropsicóloga Ivanda Tudesco (UNIFESP), durante a palestra “A importância do olhar biopsicossocial”, explanou sobre o preconceito ainda existente em relação aos pacientes com epilepsia e sobre a importância de divulgação sobre o tema, para minimização dos estigmas e desinformação a respeito das características da doença. Abordou os aspectos biopsicossociais envolvidos, enfatizando a importância do trabalho multidisciplinar para atenção ao paciente, sua família, escola e /ou ambiente profissional.

O Dr. Paulo César Trevisol Bittencourt (especialista em Epileptologia e Neurologista da UFSC) trouxe uma abordagem polêmica de questionamentos sobre os interesses da indústria farmacêutica em relação à epilepsia, mencionando as principais drogas prescritas e seus efeitos, chamando a atenção para a importância da isenção e criteriosidade nas decisões terapêuticas para os casos de epilepsia.

O Dr. Fernando Cendes (Professor de Neurologia no Departamento de Neurologia e Coordenador do Programa de Neurocirurgia da Epilepsia na UNICAMP), durante sua palestra sobre “Epilepsia é mais do que ter crises: comorbidades e consequências das crises refratárias”, abordou as epilepsias refratárias ao tratamento medicamentoso e a possibilidade terapêutica cirúrgica e seus benefícios, quando bem indicada.

Ao final do evento, os doutores Elton Gomes (que é neurocirurgião e professor adjunto no curso de Medicina e também orientador da NEUROLIGA da UNILA) juntamente com e Seidel Guerra (Doutor e Professor da Unila), debateram sobre o panorama atual do atendimento à epilepsia na região da tríplice fronteira e os desafios nesse contexto. A mesa redonda foi enriquecida pela presença de todos os palestrantes, que responderam à diversas perguntas da plateia, que demonstrou muito interesse por mais informações sobre o tema.

Para coordenadora do simpósio, a acadêmica Laura Bruna, o objetivo de realizar o evento é levar à população conhecimento sobre a doença, para contribuir com a melhoria da qualidade de vida, dos tratamentos existentes, tendo sua própria experiência como exemplo. “É debatendo sobre a epilepsia com a comunidade, com quem vivencia esta condição, seus familiares, os acadêmicos e profissionais da saúde em geral que conseguiremos ajudar esses pacientes, e buscar recursos para melhorar o atendimento desse campo que está em déficit”, relata a aluna.

Para professora Márcia Ebling momentos como este são de grande relevância, pois nota-se a ausência desse tipo de atendimento na cidade: “Foi evidenciada a falta de profissionais da área da saúde para atender às demandas da população da tríplice Fronteira que sofrem de epilepsia, desde médicos especialistas (neurologistas) na rede pública, quanto de outros profissionais de uma equipe multidisciplinar, como psicólogos/neuropsicólogos, fonoaudiólogos, entre outros”, relata.

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