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Realmente preciso me vacinar? Um estudo de fatos e mitos sobre vacinação

Naju Guimarães

Acadêmica de Psicologia da UniAmérica

Nos últimos anos, alguns grupos assumiram uma posição de movimento antivacina, no qual segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), pode ameaçar todo o progresso alcançado no combate a doenças evitáveis por vacinação.

O Sistema Único de Saúde (SUS), por meio do Programa Nacional de Imunização (PNI), atua no controle das doenças imunopreveníveis no Brasil, contribuindo para importantes melhorias na saúde pública brasileira e no progresso das vacinas, com um dos maiores programas de vacinação no mundo.

De acordo com o Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), no Município de Foz do Iguaçu, houve uma queda de 2019 para 2020, na cobertura vacinal, de 28,12%.

Nesse período de pandemia, o qual a vacina é um dos meios mais importantes para controle da Covid-19, a vacinação em Foz do Iguaçu iniciou no dia 20 de janeiro de 2021. No total são 20 Unidades Básicas de Saúde (UBSs) que estão na função do auxílio da imunização aos grupos prioritários indicados pelo Governo do Estado, com a expectativa de vacinar toda a população iguaçuense.

A Secretaria Municipal de Saúde frisa a importância do uso das máscaras, higienização das mãos e o distanciamento social como essenciais para evitar a transmissão.

No geral, a queda de vacinações, ocorre pela disseminação de fake news, falta de conhecimento sobre a erradicação de algumas doenças, falta de vacinas em postos de saúde, funcionamento em horário limitado e medo das possíveis reações, conforme descreve o portal UOL atualidades.

Com base nessa problematização, o projeto integrador “Vacinar ou não vacinar?”, do curso de Enfermagem da UniAmérica, tem a intenção de trazer informações referentes à vacinação em geral, motivos para vacinar, desmistificar os mitos e aumentar a cobertura vacinal em Foz do Iguaçu.

A ideia do projeto nasceu do interesse do grupo após verificarem o panorama atual sobre a queda da cobertura vacinal mesmo antes da pandemia.

Afim de desmistificar alguns conceitos, as responsáveis pelo projeto: Anna Gabriella Maino Steffler, Doa Habib Awali, Paola Cavalcante Lima, Valentina Andraschko e Hellen Mariana Stempniak dos Santos, com supervisão da coordenadora do curso de Enfermagem Priscilla Higashi, desenvolveram um perfil no Instagram para responder dúvidas frequentes sobre vacinação.

Dentre as principais dúvidas estão:

Vacinas são seguras?

A resposta é SIM, elas passam por várias fases de testes e estudos antes da aprovação, e são avaliadas constantemente mesmo depois do uso, em relação a proteção e reações que podem causar, os benefícios que elas trazem vale as possíveis reações passageiras que podem acarretar, sem elas, haveria muitas mortes.

Como elas funcionam?

Estimulam o sistema de defesa do organismo, desenvolvendo anticorpos contra vírus e bactérias, tornando assim o organismo imune.

Muitas vacinas sobrecarregam o sistema de defesa?

Não. Cada uma produz anticorpos específicos, o sistema de defesa do nosso organismo é exigente e sensível.

As vacinas causam reações indesejáveis?

Sim. Como dor, febre, e local da aplicação avermelhado e um pouco enrijecido, mas vale lembrar que são possíveis reações, cada organismo reage de uma forma diferente, e a tecnologia utilizada na produção das vacinas reduzem extraordinariamente essas reações.

A boa higiene fará doenças desaparecem?

Isso é mito. As infecções podem se espalhar, independente de quão limpos estamos, se o indivíduo não for vacinado, doenças raras como sarampo e poliomielite, podem reaparecer bem rápido.

É melhor ser imunizado pegando a doença do que por meio de vacinas?4

Pelo contrário, as vacinas agem mutuamente com o sistema imunológico para produzir uma resposta semelhante à produzida pela infecção natural. Sendo que a doença pode deixar consequências como: defeitos congênitos da rubéola, câncer hepático provocado pelo vírus da hepatite B ou morte por sarampo.

Doenças que se previnem com vacinas estão quase erradicadas, então não preciso me vacinar?

Os agentes infecciosos em circulação, podem infeccionar pessoas que não estejam protegidas, todo processo bem sucedido, necessita de cooperação, se os outros nos protegem, nós protegemos os outros, contudo, essa dúvida é um mito.

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